segunda-feira, 22 de março de 2010

Partilha do Tó CJ

Durante muito tempo a religião foi algo que me passava completamente ao lado. Em criança era obrigado a ir à missa, mas nunca me explicaram porquê. Com o passar do tempo afastei-me por completo da Igreja.
Então aos 23 anos, convidaram-me para fazer o Crisma e acabei por aceitar. Felizmente as pessoas que me deram a catequese são exemplares e souberam-me cativar e dar explicações. Foi nessa caminhada, que tive verdadeiramente o primeiro contacto com a Bíblia, compreendi o porquê da Eucaristia, etc… Foram criadas bases sólidas.
Algum tempo antes de fazer o Crisma, um padre enviado pelo Bispo, veio falar aos crismandos. Dando uma importante explicação sobre este sacramento: Normalmente o Crisma é encarado como o fim da catequese e as pessoas depois disso, afastam-se da Igreja. Quando na realidade, o Crisma é exactamente o contrário. É nesse momento em que nos tornamos cristãos assumidos, comprometendo-nos com Cristo.
Mas quem era Cristo? Naquele grupo de crismandos, os conhecimentos sobre Cristo eram escassos, apesar de tudo que tínhamos aprendido. Ao ouvir falar o padre, questionei-me mesmo se deveria ser crismado… Decidi que sim, mas assumi o compromisso de continuar a aprender a Palavra de Deus e fazer algo para ajudar o próximo. Por isso o Espírito Santo é tão importante para mim :)
Senti então necessidade de continuar a aprender, por isso juntei-me a um grupo de jovens, onde estive durante 5 anos. Foi assim que de reunião em reunião, encontro em encontro, retiro em retiro e claro a ler e meditar sobre a Palavra, que fui conhecendo e me apaixonando por este Deus que é Amor. (Cheguei a equacionar o sacerdócio, mas a minha vocação não era essa).
A imagem que se tem da Igreja, para quem está de fora, é que é algo cheio de defeitos, retrógrada, proibitiva, etc., etc…. Rapidamente me apercebi que nada podia estar mais errado. A religião é Liberdade! Liberdade de escolher, de estar livre do pecado, de amar o próximo… Por ser católico não tinha de abdicar das coisas do mundo. Pelo contrário. Podia usar as coisas do mundo para Evangelizar, falar de Deus aos outros.
Os meus gostos não mudaram muito desde que me tornei católico. Continuo a gostar de música pesada, poesia sombria, filmes de acção, piadas sarcásticas, etc. Aquilo que mudou, foi sentir uma maior serenidade, não me deixar levar por sentimentos de egoísmo, raiva, ganância… Coisas que apenas me prendem e não me deixam viver a verdadeira liberdade.
Como posso convencer alguém a ser católico?
Acho que não consigo por palavras. Creio que a melhor maneira de falar de Deus, é através dos meus gestos e acções. Por isso, se estão curiosos, porque não se juntam a um grupo católico e vêem descobrir.

Um abraço em Cristo

2 comentários:

  1. Olá! é grão a grão que a galinha enche o papo e é assim mesmo é pelo nosso testemunho por actos que podemos deixar os outros a pensar que raio de "ET" são estes que por aqui andam que tem eles de diferente!! ;)
    Gostei da tua partilha Tó!!!

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  2. Obrigada pela tua partilha Tó...tenho a certeza que ela fará a diferença a quem a ler.

    "Creio que a melhor maneira de falar de Deus, é através dos meus gestos e acções" Se nos deixarmos envolver por ELE tudo em nós muda, seremos diferentes daquilo que o mundo nos apresenta

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